Matosinhos, cidade conhecida pela sua incontornável gastronomia, refinarias, imensa costa e indústria marítima, terra de mestres de obras como Siza Vieira e Souto Moura.
Por vezes abafada pelo pólo cultural da sua invicta vizinha, emerge um corpo musical que enalteço e sugiro a ouvir: Orquestra de Jazz de Matosinhos (OJM). Somente criada a uma década, é uma das mais dinâmicas formações do jazz português, que além de ter o seu repertório, privilegia a organização de projectos específicos tais como:convidar solistas, maestros, e compositores de realce international, culminando em digressões e edições discográficas fora do país.
O álbum Kurt Rosenwinkel and OJM “our secret world”, editado no fim do passado mês é a amostra ideal para dar a conhecer a progressão e o nível que esta formação chegou, ultrapassando por uma margem significativa a sua apresentação na 2ª edição do Funchal Jazz em Julho de 2001.Destaco o solista convidado, músico que dificilmente conseguimos aplicar todos os adjectivos, dado o seu génio musical, actualmente o guitarrista americano mais influente pós-Metheny. Com orquestrações a cargo de Pedro Guedes e Carlos Azevedo (“arquitectos” da OJM), destaco a colaboração do conceituado Ohad Talmor, que já visitou a nossa região com vários projectos, um dos quais com uma lenda viva, Steve Swallow. O trabalho musical é totalmente preenchido por originais de Rosenwinkel, distribuidos anteriormente na sua palete de discos, que aqui levam uma roupagem e um aclopamento de 20 músicos de maioria jovens e portugueses.
Justifico com os elementos que apresentei anteriormente que será o disco neste género musical e não só, que mais marcou este ano em Portugal, pela sua qualidade orquestral e interpretação musical , certamente fruto de um projecto artístico público proveitoso e consistente, ultrapassando fronteiras , cumprindo uma função verdadeira de orquestra “nacional” de jazz.
Justifico com os elementos que apresentei anteriormente que será o disco neste género musical e não só, que mais marcou este ano em Portugal, pela sua qualidade orquestral e interpretação musical , certamente fruto de um projecto artístico público proveitoso e consistente, ultrapassando fronteiras , cumprindo uma função verdadeira de orquestra “nacional” de jazz.
Nota: com a época natalícia a surgir a passos largos, penso que vou ainda a tempo de incluir este CD na lista de compras do vosso cabaz...